terça-feira, 26 de março de 2013

comprarranhão

saí para levar a dona cortar o cabelo.
saí com a cabeça na água mineral, no pão e nos frios.
não muita pouca, o bastante.
demos risada suficiente acompanhando o fato da doninha não lembrar o caminho do salão.
um telefonema e o dilema foi resolvido.
ao sair das compras, tive que por atenção em um carro que ia sair da rua em frente e noutro que vinha no sentido contrário.
eu tinha a visão encoberta por um caminhãozinho, parado em frente ao supermercado.
saí, esperei o carro passar e o outro atravessar, mas encostei no caminhão para dar passagem.
encostei tanto que ralei o meu espelho do passageiro e rasguei a porta traseira.
Ragar foi a impressão que tive quando o condutor do caminhão - que tinha um trilho de ferro forte como para choque - olhou para o meu automóvel e me disse:
nossa, coitado do senhor, fez um risco enorme.
ali eu disse a ele:
verei quando eu chegar em casa.
estacionei, peguei as compras, saí tranquilo pela porta arregassada e vi.
não vi nada.
estava tudo como quando eu saí no começo do texto