segunda-feira, 9 de julho de 2012

indígena


Escrevi sobre uma pasta de lembranças e a minha iniciativa em enchê-la mais e mais.
Enchê-la até ela encher-se de mim.
Essa é a vida, uma pasta usada para a guarda da nossa expressão cotidiana.
Muitas vezes observamos as pastas dos outros e vamos interagindo, pasta com pasta, até enriquecermos mais e mais o nosso acervo poético.
Compreensão das coisas, compreensão das pessoas e das suas coisas.
Assim vamos colecionando as coisas que são da gente.
Coisas nossas que animam essas vidas que são cada dia mais nossas.
Uma árvore tem também a sua pasta.
Lembra os pássaros, o vento, as lagartas, as outras sementes.
Um arbusto e a sua pasta, um animal e a sua, eu e a minha pasta entreaberta.
Um espaço e tudo nela voa


Um desenho de José Paulo Cury quando criança

novos


Um domingo e hoje já é segunda.
Eu esqueço que o domingo é o primeiro dia da semana.
Primeiros e segundos, minutos e horas a fio, onde a gente reina acertando e errando bastante.
Tenho me preocupado pouco com os erros e acertos, já que venho alicerçado na convicção da essência boa.
Num texto de rodin, ele expressa que a nossa inspiração artística vem da natureza e da nossa observação da sua essência e dos seus signos.
Volto a lembrar a beleza que existe em pensar que o que estou pensando agora é um pensamento próprio.
Adoro saber que se eu fosse um estudioso de todos os assuntos, saberia que o que eu penso hoje, muitos outros já pensaram e colocaram em livros.
Ainda bem que não sou só eu que me encontro nessa sabedoria instantânea.
Vou sair nesse feriado para pagar as contas do mês.
A contemporaneidade nos trouxe os caixas eletrônicos e é dessa forma que alcançarei meu intento.
O que é novo encanta pelas variadas maneiras de acharmos possibilidade em tudo.
Meu pensar é novo - e de novo - vem acompanhado do seu