quarta-feira, 6 de junho de 2012

Gesto


Hoje é mais um dia liso, polido.
Espelhos d'água pela cidade, ornamentando-a com seus próprios reflexos.
Cores exuberantes dos postes, das colunas, vigas e dos ônibus com tarifa elevada.
Tenho percebido várias coisas nesses meus dias de cidadão.
Eu como consumidor urbano, voltado para uns gostos refinados e outros, nem tanto.
Curioso como o meu amigo que teve a sensibilidade de perceber qual seria a relação da imagem com o texto, ontem postado.
Qual seria a relação do desenho inacabado com a nossa observação da cidade em prantos?
Seria o céu, ou seria a cidade que, aos prantos, reflete sobre alguma coisa?
Estou compondo uma canção para o filho do espetáculo.
Mãe sorriso, pai arcanjo e um filho.
Bonito pensar essa história gestada no gesto sagrado do encantamento.
Tudo se passa na cidade polida e tudo passa como passam as águas, mesmo que fosse melhor, ela singular.
A água é ela e o seu poder majestoso de ser ao mesmo tempo, épica e lírica