segunda-feira, 21 de maio de 2012

coração vermelho sem vergonha


Anda fatigado com tanta imaginação?
Não há como fugir, nem há como fingir.
Elas estão aí pra quem quiser e puder, para quem vir e quem vier.
A fadiga não está na imagem em si, mas está na nossa pressa.
A gente a vê tão rápido, ou ela passa bem rápido?
A imagem que passa e a nossa cara de paisagem, ambas estampadas no face.
Essa expressão só pode vir da observação de uma paisagem silvestre - a cara de paisagem.
Uma paisagem urbana e central não nos permite uma cara passiva.
Uma cara agitada para um cara agitado é tudo o que podemos pensar de são.
A sanidade tem movimento, tem cores transpassando a nossa mente e somente assim é possível agir.
A ação vibrante, a ação veemente e contundente que não permite o movimento silencioso da rede.
Estamos em rede, porém não aquela que balança lenta, mas aquela que faz balançar a cabeça e o corpo todo.
Silêncio é para o agir dos inocentes.
O barulho da imaginação traz fadiga ao mais ingênuo, ao mais tranquilo e ao mais sonolento.
Tanta imaginação é capaz de fazer alguma coisa rústica e sutil.
Fazer é a questão singela do pós movimento pensativo.
Não é uma ação fútil, nem útil.
É o inútil resultado da imaginação.
Uma inutilidade que faz a comunidade toda ficar com cara de paisagem fotográfica.
Estática e estéril.
A fotografia não é um bom exemplo já que para atender o seu fazer foi preciso alguém novo.
Alguém sem preguiça nenhuma.
Alguém com a intenção da produção do imaginário.
Alguém que com o olhar sacou a coisa e mais do que a coisa fez