segunda-feira, 7 de maio de 2012

Pregas


Eu sou um contador de histórias.
A última é que o zelador do prédio onde eu moro já sabe quais os moradores que fazem questão de deixar aberto o portão automático ao sairem com seus veículos.
Disse ele que não são um, nem são dois, são vários.
O filósofo no café não menos filosófico, discursava ontem sobre o ódio ser um recurso vencedor na evolução da espécie humana, pensando na teoria darwinista.
Há guerra porque há ódio e tudo isso faz com que o humano sobreviva nessa terra de ninguém, ou de alguéns mais odiosos e raivosos, que vão se impondo à força sobre os mais pacíficos.
Com certeza, até entre esses existem os mais bravos e os mais rancorosos.
Sigo em paz, observando de perto e de longe esse andar das várias carroagens, hoje não feitas mais com abóboras mágicas.
Que o mundo anda cheio de coisas feias não há dúvida.
A dúvida que parou atrás da minha orelha é para onde estamos indo.
Pra frente, pra daqui a pouco, pra lá dessa hstória toda, enfim.
Em fim nada.
O fim ficou pra daqui a muitos anos.
Esse é só mais um pedaço que nos cabe nesse território pequenino de tempo e espaço.
Nesse território acredito demasiado no amor desapaixonado.
E se eu perder a cabeça, num fio certeiro de espada, pressionado pelo predador?
A história geral é muito grande  - e nela - somos quase todos, pregos com cabeça