quarta-feira, 18 de abril de 2012

valél


Um pedaço de papel serve para muita coisa.
Eu já cheguei a pensar sobre um pedaço de papel.
Num painel, jazia um pedaço que inscrevia duas palavras de velhos.
Matutino e vespertino.
Sei que são palavras de velhos porque muitos jovens leram aquilo e não decifraram.
Existe uma elite que circunda um pedaço de papel.
Com um pedaço desses eu fiz um cartão que move a parte superior através de um pequeno gesto de puxar.
A moça acha lindo aquele pedaço de papel, que ao ser aberto, mostra a figura de um abraço.
Um pedaço de papel guarda muita coisa mesmo estando em branco.
Muitos queridos mostram-me o papel e dizem que não é o nada que mora ali, mas a grama que a vaca comeu.
Cadê a vaca?
Ela deixou o pasto.
Posto tudo isso, o papel da gente é ser montado aos pedaços.
Podes crer que há pedaços de sobra para que eu seja montado e remontado.
Vale muita coisa esse papel.
Talvez o nosso papel mais generoso é não deixarmos faltar celulose para ninguém.
Esse ato altruísta de oferecer papel a todos, gesta um senso da necessidade de registro da multiplicidade de ideias.
Ideias múltiplas devem passar agora - na sua cabeça - sobre a validade de um pedaço de papel.
Passou?
Espero que isso não passe.
Valeu, cara, valeu