terça-feira, 17 de abril de 2012

Moelas


Várias moedas estão sobre o tapete.
Algumas são mais brilhantes do que outras.
São cinco e daqui parecem-se com estrelas numa constelação pequena.
O que mais aparece é o tapete e suas figuras bonitas.
São cavalos, alces e cavaleiros.
Percebo que os alces pastam por conta do instantâneo dos seus movimentos de pescoços.
Estão todos a colocar as bocas na direção das patas.
Os cavaleiros posicionam seus animais, um na frente do outro.
Apesar da repetição das figuras, as selas dos cavaleiros são diferentes entre si.
Interessante notar que o que dá estrutura às imagens do tapete são as várias molduras retangulares.
As figuras nas molduras repetem-se ao extremo da sua volta.
Volto pois, à observação das moedas com os seus brilhos.
Minha mãe curvou-se e colocou as pratinhas na carteirinha que guarda estrelas que compram alvejantes.
Alvejar é um verbo dúbio.
Alveja-se para tornar mais branco e alveja-se para ferir à bala.
Tornar o branco um símbolo da paz não exerce força suficiente para termos paz nos mais diversos conflitos, porém, os símbolos são feitos para que possamos ter mais recursos para interpretarmos a razão das coisas.
Gosto dos noventa minutos de um jogo de futebol.
Gosto do movimento dos pés - no toque sutil na pelota - a fim de assistir um companheiro em melhor condição de concluir para o golaço.
O golaço aqui, pode ser um gol enorme para colocar a gorduchinha, ou um gol feito com beleza elegante.
Há mágica nas simbologias e há razão para buscarmos decifrá-la