terça-feira, 27 de março de 2012

Falandínho


Depois de algum tempo usei a palavra comunicação.
Veio à tona a lembrança da palestra que disse que o responsável pela comunicação é quem a emite, já que o outro tem que entender o que foi comunicado.
É incrível como não é assim na comunicação do objeto artístico.
O objeto comunica e o observador interpreta à maneira dele, provocando assim, vários entendimentos.
Dirá você que o objeto é fruto humano e portanto, é esse que está comunicando e novamente, o outro deve entender.
Mesmo que seja assim, o artista é comunicador e não exige entendimento.
O outro precisa ler a coisa.
Lendo, precisamos , ou não, comunicar o entendimento gerando conhecimento e cultura.
Eu gosto do debate, da dialética, das interpretações e gosto tanto que não me contento com a observação da maioria sobre a compreensão do filme do wood, da vic, da cristina e de barcelona.
Como disse a célebre ofycyneyra, a maioria coloca o foco na versão das opções de relacionamento e isso deixa o resultado da película, muito menor.
Redescobri tudo isso numa pequena pesquisa que fiz desde ontem com quem assistiu.
Vamos caminhando assim, com uma leitura periférica, onde se privilegia o superficial da primeira leitura visual.
O amor é algo indescritível e infalável, incomunicável através de versos, ou prosas.
É comunicação invisível, porém sentida no profundo do invisível das palavras e das imagens e também da pele.
Comunico assim, sem a responsabilidade de ser compreendido e entendido.
O amor é assim, todas as outras coisas contribuem para um gostar apaixonado e imenso