domingo, 25 de março de 2012

Perguntália


Eu jamais responderei a uma pergunta sem contar pelo menos uma história.
Por que?
Porque uma pergunta abre um universo na minha cabeça.
Hoje reencontrei um amigo do primário.
De primário ele não tem nada, desde pequeno ele foi prodígio.
Junto com a gente, estava um outro amigo da mesma data e da mesma excelência.
Um outro tipo, um artista de verdade.
Aquele que faz da xilogravura a sua vida e da sua obra de uma vida inteira.
O prodígio é filósofo com causa já que tem uma pequena peça escultórica no armário sobre a televisão e uma gravura do juan na parede.
Eu, espectando esse encantamento todo contando causos e mais casos.
A causa da minha curiosidade ainda é incerta.
Assim como o filme que vimos ontem fala abertamente sobre as possibilidades do amor estar inserido no contexto das relações humanas, eu digo que admiro a forma como o tema foi e é exposto na película.
Rente à pele está a sensação prazerosa e o amor observa a cena de uma certa distância.
É exposto.
Tudo claro como dois e dois são cinco, ou como de perto ninguém é normal, ou até igualzinho aos nossos ídolos ainda serem os mesmos.
Todas as histórias fazem sentido, já que de uma forma ou de outra, todos sentem alguma coisa quando dão de cara com os fatos, ou as fotos, ou os fatos e as fotos.
Você tem alguma pergunta a fazer?
Não?
Pode deixar que mesmo assim vou dizer que o fundo preto realça a luz das múltiplas cores que a asa pinta


Pintura de Lívia Jorge