terça-feira, 20 de março de 2012

Feiura sustentada



Ouvi:
O que sustenta a beleza é aquilo que não se vê.
Genial expressão da arte.
Aquilo que não se vê é só uma coisa: Aquilo que não se vê, mas se sente, ou então aquilo que se pensa que se sente, ou ainda o que não existe de fato e de interpretação.
O invisível que o paul não admitia como coisa.
Lembra-se da frase que ele proferiu?
Eu não represento o invisível, eu torno visível.
Sim, parece-me que o invisível está implícito.
Não, não quer acreditar nisso?
Acha assim como sigmund, que o homem inventou deus por não suportar a ideia de sua finitude?
Eu acho a mistura de tudo isso, interessantíssima.
O ligare, o religare e o já está ligado faz tempo e o não está ligado de forma nenhuma, tá ligado?
O que me interessa é o instantâneo, talvez seja por isso que me lembrei do rosto belíssimo de meu pai no caixão e da minha mãe - e eu também tive a mesma necessidade interior - pedindo:
Fala comigo jorge!
O invisível está implícito.
O jorge fala comigo no retrato avermelhado e fala no meio da conversa telefônica no sonho da minha cunhada.
Minha anna diz que meu pai tinha esse mal costume de entrar falando no meio da ligação dos outros.
A ligação existe entre o finito e o infinito, entre a chama e a vela e a vela entre o barco e esse entre o centroavante plural.
No futebol o jorge tinha o codinome mestre. 
Ligações espontâneas e sustentadas pelo empírico, pela dialética e pela dicotomia.
O niilismo e o lirismo são parceiros da divina humanidade.
A beleza é sustentada pelo que não se vê e o que vemos é bonito pra caramba