quinta-feira, 15 de março de 2012

Ouvindo os olhos da cara


Como é necessária a paciência, a docilidade e a calma em todas as situações.
Digo isso por conta das carências.
Precisamos todos de muita atenção, carinho e para isso eu posso ser todo feito de ouvidos, embora tenha predileção pelo falatório.
Adoro a expressão blá, blá blá, que tem uma conotação pejorativa.
Para mim tem um gosto de boniteza.
Blá blá blá.
Aprendi, faz tempo, que ouvir é tarefa importantíssima para um original debate.
Ando falando bastante, porém com uma percepção aguçada do ponto exato de parar para um respiro.
As pessoas têm pouca condição de assimilar muitas informações ao mesmo tempo.
Um aluno inteligentíssimo me disse para ir colocando passo a passo, as informações técnicas para a confecção de um produto, pois se eu falasse o processo todo de uma só vez, ao ouvir o último passo, ele já teria esquecido o primeiro.
Tenho feito assim desde então.
Passo a passo vamos não apenas sobrevivendo, mas vivendo intensamente os instantes.
Não a vivência dos contentes, mas a vivência ativa dos fazeres operacionais da transformação da mesmice em outra coisa.
Acabei de ouvir na transmissão de um jogo de futebol que um técnico tem o apelido de el loco, porém esse louco, é visto como alguém que inventa coisas diferentes do óbvio.
É importantíssimo saber ouvir e o mestre já havia dito:
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
E veja que as portas de entrada para a coleta sensorial, são múltiplas e é a partir dessa multiplicidade que vamos enriquecendo o nosso acervo poético