quinta-feira, 1 de março de 2012

Ando mudando pro mesmo lugar


É necessária uma mudança radical.
Ouvimos dizer que o dinheiro não pode ser o senhor de todas as coisas, mas o dinheiro é o senhor de todas as coisas.
Seria necessária uma mudança radical, ou é urgente uma mudança radical.
Eu li na revista publicada por uma farmácia, que o menino adorava estudar ciências sozinho.
Lia sobre tudo, era curioso, enfim, um sujeito que gostava muito de aprender, porém quando entrou na escola, tudo mudou, tudo perdeu o brilho.
A ideia contemporânea mostra que a escola é um lugar que apresenta os conteúdos das disciplinas de forma antiquada, clássica e tradicional. 
Os que professam, endeusam os seus conhecimentos prévios e os transmitem de forma tediosa e cansativa.
O que fazer quando o resultado de todo esse processo de ensino/aprendizagem é medido através de uma única prova, definidora e definitiva?
Por mais que as notícias digam o contrário, esse exame não mudou na essência.
Testes de múltipla escolha e algumas questões discursivas, onde quem se preparou mais, estudando muito, lendo muitas apostilas, exercitando memória e raciocínio, deixando muitas baladas e outras diversões de lado, é que tem o melhor resultado.
Quero dizer que o menino da história é um sujeito que quer muito, que deseja, que almeja, que tem gana e curiosidade para estabelecer comparações entre todas as informações que ele alcança.
A outra parte das pessoas que recebem as informações por todos os meios, inclusive na escola, têm problemas de déficit de atenção, têm hiperatividade, têm preguiça, fobias, impaciência e algumas outras enfermidades que os impedem de ter uma relação mais concentrada nas atividades, até mesmo naquelas mais lúdicas e participativas no âmbito social.
O segredo talvez esteja na mudança da preparação dos profissionais da educação, para que tenham um maior contato com a área da saúde, no seu âmbito corporal, psíquico e espiritual, além dos conhecimentos específicos da sua disciplina, ou matéria, ou qualquer outro nome que hoje essa coisa tenha.
A preparação espiritual deve ser importantíssima, pois me parece inevitável que os profissionais do professar,  devem nutrir no seu íntimo muita paz, paciência e uma dose extra da prática da filosofia da não violência.
Num mundo onde o dinheiro é o senhor de todas as coisas, há que se mudar esse processo radicalmente, indo muito além das pequenas histórias que nos são apresentadas em doses homeopáticas, na promessa que teremos uma situação diferente dessa brutal realidade.
Há uma mudança radical e eu começo dizendo: Bom dia, boa tarde, boa noite