segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dez interesses


Gostar de saber sobre as coisas requer um querer intenso que vem como um furacão interno.
Não é um gostar pequeno, é um querer gigantesco, desses que é impossível não ser impulsionado a amar fazê-lo.
É muito fácil perceber que esse querer não é universal e talvez nem deva ser.
Assisti um desenho animado na cultura, onde as crianças precisavam criar algo diferente e útil.
Havia três personagens e apenas uma delas conseguiu criar um pega bagunça, usando uma fita durex larga e a própria roupa que vestia.
Criar e amar aprender coisas depende da curiosidade e isso dá bastante trabalho e é radicalmente contra a preguiça.
Existe um lugar apropriado para as pessoas se socializarem, fazerem amizades e obterem informações relativas a todos os assuntos.
A carga de informações excede - em muito - a capacidade que as pessoas têm de armazená-las todas.
Penso portanto, que as pessoas individualmente, selecionam as informações mais relevantes segundo o seu próprio gosto e os mentores mediadores, devem caminhar orientando com paciência, se desprendendo da sua predileção pelo seu particular assunto.
Infelizmente o nosso sistema orientado pelo capital ainda rege - que no final desse processo educacional básico - os jovens devem participar de um único exame que selecionará quem vai e quem não vai seguir adiante o processo em nível superior.
Tenho certeza que não é todo mundo que deseja e que almeja participar dessa trajetória e nisso, penso não residir mal algum.
Existe muita coisa além desse tradicional processo de aprendizado.
A educação auto didata tem um poder maravilhoso, afinal, ela depende do que dispus no início desse texto.
Num abraço caloroso, a menininha me diz:
Como são lindas essas linhas na sua testa!
Um sorriso vale muito mais do que anos de informações desinteressantes