terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Olha o bacalhau


Olha o bacalhau, olha o bacalhau e o troféu abacaxi.
O simplesmente necessário.
Dai ao cesar o que é dele.
O que ele prefere, ou até o que ele merece.
Não, talvez dê a ele aquilo que a sua vista alcança.
Não que eu me coloque num ponto mais elevado, mas dois pontos - um em cima do outro - indica que alguém vai falar.
Não que seja algo importante demais, mas a fala vem antes da escrita.
Alguém precisou falar para que eu pudesse ter essa ideia de escrever sobre o professor.
O que professa.
O que fala pelos cotovelos, aquilo que a maioria nem sonha em querer ouvir.
Essa é a beleza.
O cara nem sonha e a gente já ousa, para que a nossa chatice possa ser compartilhada.
O que é chato, a nós também pertence e nos pertencendo, temos a possibilidade dela nos apartarmos.
O que é chato, assim é se lhe parece.
Tudo é do jeito que é, porque se parece.
Aparece assim, não por acaso, mas por ação pressentida e pensada.
Se quisermos que transpareça, desapareça, ou até que se transforme na aparência, basta-nos dar-lhe outra forma.
Desta forma, tal coisa já não é mais aquela.
Que coisa então é essa toda?
A coisa é toda essa que compartilhamos a metáfora e aquela que induzimos à lembrança.
Todas essas que coisas onde achamos semelhança.
Das diferentes coisas, cabe a nós, amadurecermos seus frutos