quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Extra


Várias pessoas estudiosas entendem a arte como uma linguagem.
Pensando que nós lançamos mão das linguagens plásticas, visuais, cênicas, musicais e da dança para a expressão da arte, vivo acreditando que ela é alguma coisa que deseja falar e precisa da gente.
Entendo a arte, a partir dessa lógica, como sendo um mistério.
O mistério que deseja expressar-se e não pode fazer por si só.
Acho bem razoável esse raciocínio, assim como vejo todo dia, a maioria das pessoas não fazer ideia do que seja tudo isso - e não sabendo - desentendem, não compreendem e não se interessam por uma coisa que imaginam não ter valor em si.
Jorge Colli no seu livreto, O que é arte?, já disse que só pode escrevê-lo a partir dos produtos da arte e não do seu conceito.
Penso que arte é um mistério, assim como deus.
Pode-se tratar da coisa como religião e nós como missionários.
É algo bem semelhante, até no sentido que pessoas apegam-se a ela de tal forma, que acreditam mesmo que podem oferecê-la como produto de consumo fácil, pensando no bem estar próprio e até, de vez em quando, no bem estar do próximo.
Cada dia tenho mais clareza que arte é algo a ser vivenciado plenamente, já que não há como não tê-la em contato permanente, mesmo que a gente tente fugir de qualquer forma.
Ela arranja uma forma de expressar-se pela gente.
Fiquei feliz quando a nutricionista disse que a coisa diet retira totalmente um dos ingredientes do produto e deu o exemplo:
Um sorvete normal tem colesterol, gordura saturada e açúcar.
Quando ele é diet, é retirado dele, o açúcar, por exemplo.
A moça relatou:
Se houvesse a possibilidade de todos os componentes do sorvete serem substituídos...
Eu disparei na hora:
Ele seria um CHUCHU.
Nesses momentos, o mistério sente uma necessidade enorme de extrapolar o seu espaço e adentrar no nosso