sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Doze em doses


Passam doze nuvens por um ano inteiro.
Aquelas nuvens onde encontramos diferentes figuras.
Esse ano, as doze nuvens movimentaram-se de tal forma, que não foram apresentadas apenas doze imagens fixas.
A cada trinta, vinte e oito, ou trinta e um movimentos dessas manchas brancas celestes, uma nova figura mágica foi transparecendo.
Vislumbramos cada uma dessas transformações e hoje brincamos de rememorar as mais antigas formas, afinal, não é de hoje que essas formas sussurram coisas nos nossos ouvidos.
Essas coisas são maravilhas que nos são anunciadas nas pedras opalas, nos filetes de ouro encrustrados, nos pedaços de passagens de ônibus que tornam-se objetos animados e mais.
Energia ânima que anima nossos dias, já animados pela sua própria natureza.
As folhas que aparecem verdes no caule de cor seca, remontam ao nosso conhecimento que diz que para cada cor vegetal, existe uma substância associada a esse desenvolvimento.
São lindos os vermelhos dessa empreitada e o termo literal - desenvolver - não cabe nessa embalagem, afinal envolver é tudo o que nos envolve.
No vasinho colocado na nossa janela - moldura das coisas cinzas artificiais - as flores que não são de plástico, não morrem, transformam-se