terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Pequeno tênis envolvendo a tese


Uma festa dos pequeninos.
Uns mini pezinhos nuns calçados mais mini ainda.
Daqui dava pra ver quem sorria fácil e desta forma, dançava com a cabeça e com o corpinho todo.
O mote era um elefante diferente, xadrez de um xadrez colorido.
Quando ia ser diferente dos outros cheios de cores, virava cinza.
Não virava cinzas, apenas cinza - e os meninos que sorriem já são os diferentes, xadrezes.
Imaginem se outro dia atrás a gente ia ver um joelho metalizado, uma prótese.
A dor não vai doer mais, o que vai mover é uma parte embebida na outra, numa rotina de músculos em movimento.
Quando o amigo do meu pai falou-lhe que os joelhos dele também doíam mas ele jamais iria operá-los - meu pai deu de ombros - queria andar melhor pelos canais da televisão.
Colocou, sem querência é claro, uma bactéria no metal e por dentro.
Resolveu que não ia mais doer e ficamos com a sua lembrança dançante.
Ele ainda é muito engraçado e colabora muito com a nossa diária graça.
As pessoas são xadrezes e coloridas tal qual um acolchoado costurando quadrados, cada qual de uma cor.
Eu ia dizer que a matemática das cores é diferente tal e qual, mas não disse, escrevo, cravo:
Um vermelho mais um azul é igual - a um roxinho.
Eu não fico roxo de raiva, talvez fique roxo de flor de batata doce.
O que o povo viu num cobertor xadrez?
Viu primeiro o cobertor, depois viu as cores, depois o xadrez, as linhas, a laranja, o peão e o bispo.
E teve quem não viu nada e no nada que viu, viu um mundo cinza, nas cinzas que as coisas coloridas se misturam depois de queimadas no azeite da inquietude.
Cinza também é cor e cor das boas, é cor igual a da bactéria que a gente não vê mas existe.
Bactéria boa de gerar pesquisa.
Quero ter esse baque etéreo da música que vem assim, voando ao redor do instante.
Na instantânea diferença de cada um, que tendo a paciência pra ouvir sorrindo, tende a ser paciente de um hospitaleiro doutor em causas