quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Alma urbana


A querida deu-me a alegria de observar que desenhar não é uma tarefa tão simples como eu julgava.
observando uma pergunta da aluna na prova de redação, dei-me conta que escrever também não é tarefa tão fácil.
Deu-me vontade de explicar que para ler um texto o interpretando, é preciso acompanhar o significado de ada palavra e ir aos poucos extrapolando os seus limites significativos.
Devemos nos embrenhar por entre as múltiplas significações dos verbetes usados em sequência e buscar extrair da somatória deles a história que deseja ser contada e praticada.
Por exemplo, se o maluco beleza diz: Eu gosto da cor leite!
O que o maluco quer que a gente faça?
O gosto pode vir do cheiro do gado feminino, assim como o branco da pintura sugerida, pode ser o início de um dia bonito regado a café da manhã com pão na chapa.
A cor leite inspira a nossa necessidade do campo e para isso, é necessário que ele seja pintado no nosso corpo e na nossa alma urbana.
Ontem pus-me a pensar na quantidade de cobertura asfáltica e cerâmica com a qual estamos impermeabilizando o nosso solo.
Anteriormente já foi sítio, ou fazenda.
E pensar que fazenda é um pedaço de tecido para se fazer vestido.
Acabo de tirar meu tênis e colocar meus pés para borbulharem na avenida principal