sábado, 19 de novembro de 2011

Calçada larga


Muito ouro talvez nem seja muito.
Cinquenta anos de duração de pares pertinentes.
Pares que andam multiplicando seus afetos na alegria dos sinais: os doze, ou ainda mais.
Leões, touros, peixes, gêmeos sagitariando em aquários, capricórnios escorpinicando as libras das balanças das virgens, áries sem o câncer da discórdia.
Multiplicação dos pães para saciar a fome de semelhança nas diferenças.
Ouro dos sábios.
Reclino e inclino meu rosto sobre o seu colo e o seu ombro para colar meu sinal no seu.
O céu e o seu desenho feito com estrelas motivam os humanos para a interpretação dos mapas daquilo que é sentido mais do que sabido.
Ouro dos sábios.
Peço que as latas sejam meu material de modelagem e que ajam dentro da minha sabedoria.
A minha sapiência do gosto é o papelão e a fita crepe.
Com esses sinais eu faço o impossível para descrever-te na sua quadrimensão.
Papelão e cola com pequenas linhas feitas a pó de ouro.
Assim calças a calçada da minha avenida estreita