quinta-feira, 17 de novembro de 2011


Última aula para a turma do nono ano.
Nessa instituição não haverá mais aula de Arte no próximo ciclo de estudos.
Tecnicamente não estaremos mais juntos na possibilidade oportuna da criação e da utilização dos mecanismos da imaginação.
Ao lembrar-se disso, uma das meninas que eu vi nascer e tive a chance de conviver durante as aulas por oito anos, trouxe à cena a primeira vez que ela me viu.
Naquele dia, entrei na sala onde ela estava sentada num círculo de amigos da sala da pré escola e cantei uma canção - inventada na hora - que falava sobre a matemática que estava escrita na lousa.
Contei rapidamente para os alunos sentados perto da gente que numa festa de formatura do terceiro ano, um aluno do primeiro ano do ensino médio me encontrou e cantou uma música que eu não lembrava.
Nem a melodia, nem a letra.
Ela cantou a música inteira.
Falava de uma galinha inventora.
Enquanto ele cantava lembrei-me das cadeirinhas da saletinha do pré na escola de Campinas.
O aluno, agora grande, não esqueceu da canção composta quando ele era bem pequeno.
Fomos todos pequenos e agora crescemos, num salto gigante entre a fantasia fabulosa e fábula fantástica, que  representa tão bem a nossa entrega total aos fatos todos e não só esses