quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pedas


A avenida tem nome de santo.
Nessa São Paulo estão podadas - uma a uma - as árvores todas.
Os fios da contemporaneidade estão vencendo de goleada as belezas dos galhos das frondosas.
A poda pode com tudo, poda de pés de qualquer coisa.
Vão podando nossas asas, nossos galhos, nossa possibilidade crítica e até a nossa vontade de contestar o fato de termos bactérias nos infectando.
De tudo um pouco, acabei de participar da experiência de professar com o professor da história e nossos alunos em comum.
Professamos sobre a bossa nova, sobre o samba das comunidades e o samba paulista.
Claramente não foi apenas sobre essas coisas que versamos sobre.
A docilidade, o encanto, os gestos, as frases, o capitalismo, o jazz e parangolés, dançaram em tema e gracejo.
Tudo versado na base da sensibilidade, do improviso consciente e na participação de ex alunos - esses - que são companheiros de viagem e divertimento emocional até sempre.
A saída desse episódio foi a entrada de todos no desenvolvimento da série.
Que venha a tropicália e todas as invenções de tons, de zés e da gente que tem implicância com o marasmo.
A sua voz foi citada em todos os momentos e instantes de reflexão sobre o trabalho e sobre os pés das coisas.
O teste dos pezinhos.
Trabalhamos na causa da vitalidade, da mágica e do raciocínio.
Trabalhamos na sensível diferença entre uma pergunta lisa e uma resposta um pouco mais rugosa.
A superfície rasgada da conversa sem poda, evoca e assume a internalização do decodificado