domingo, 9 de outubro de 2011

O âmago


O universo em expansão.
Uma maravilha de movimento, espiralando no céu, como um mapa, assim como espiralando está em cada um de nós.
Movimentar-me é a recomendação, devo exercitar-me.
O porteiro tranquilo, já safenado, me diz que tudo menos isso.
Da picanha engordurado ele desiste, mas se depender dos exercícios!
Exercito meu desenho sobre o brim e brincando vou colorindo a afirmação da querida.
Exército existe de todo tipo, porém fico com a frase de um professor de antanho:
Para você fazer parte do meu exército, basta não vestir meu uniforme.
A uniformidade nem existe, a não ser que imposta e de imposto, basta aquele do esquecimento.
Faz parte da idade, porém, em expansão estamos crescendo e crescendo vamos buscar aprimoramento dos sentidos.
A delicadeza do sentimento, a fragilidade no contato com tanta carga.
O porteiro abre uma única porta.
Sempre aquela.
Pede para que façamos apenas uma jogadinha na fechadura - para que ela, elétrica - possa realmente ser aberta.
Essa jogadinha parece-me o segredo completo.
O funcionar elétrica ou mecanicamente seria simples demais, na simplicidade de tudo o que conhecemos bastante.
Viver em comunidade não é tão simples.
Menos simples é compreender, que as coisas que pedimos e buscamos nesse caminhar terrestre, pouco ou nada tem a ver com o espírito da coisa