quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Romarias


Recebo a mensagem:
Ter boa saúde não significa estar bem o tempo todo -  mas sim - dar-se o direito de desequilibra-se harmoniosamente.
Lembro-me de imediato da frase que musiquei numa tarde iluminada pela esperança:
Confundir as vozes que confundem o poder de dar corda bamba aos pés.
Poder desequilibra-se.
Pensamento paradoxalmente harmonioso.
Harmonioso sentimento.
Poder pensar e sentir na harmonia do desequilíbrio.
Esse foi o mote do texto de ontem, qual seja, a conquista do equilíbrio através do diferencial da arte.
Diferencial que origina-se na diferença proposta pela coisa fora da ordem.
Alguém aí que está lendo, ainda suporta nos ouvidos e nos olhos a expressão sustentabilidade?
Claro que existem os autores e leitores que escrevem nas suas bandeiras essa digna palavra, porém eu absorvo dela a repetição de uma massa cumpridora dos seus desdeveres.
Que seja assim, posto que é chama e seja eterno enquanto o interesse por isso, dure.
Sustento a tese que a busca pelo equilíbrio é tanta, que não há ninguém que não fique tão exausto, que desta forma não o possa alcançar.
Vale a busca, até aquela que atende pelo codinome google.
Espero exausto, não alcançar outra coisa que não seja a pintura, o desenho, a modelagem do arame e a escrita torta e desequilibrada.
A letra cursiva proporciona a rapidez necessária ao desequilibrar das mãos equilibradas.
Talvez seja por isso que cada um tem a sua letra, o seu modo.
A nossa cursiva segue o nosso curso, as nossas instabilidades, as nossas romarias - enfeitadas no andor misturado - que mistura as belas romãs e a sapiência da leôncia maria