terça-feira, 27 de setembro de 2011

Oucpacional


Tanto já se falou e escreveu sobre a preocupação.
Ocupar-se bem antes do acontecimento.
O mais sábio é não darmos a mínima para essa ocupação anterior e apenas acrescentarmos ocupação  quando o fato real se apresentasse.
Nós iríamos sobre ele e viveríamos de fato.
Belas palavras soprando dentro dos meus ouvidos, porém etéreas demais para aprofundarem-se nessa alma cheia de medo e futilidade.
Mesmo assim é bonito adquirir experiência anual e poder tripudiar sobre essas agruras minhas.
Agruras que acabaram por tornarem-se obsoletas, cheias de um nada especial, afinal eu vivo e vou entrando nos espaços vazios das tábuas que enfeitam o chão, mesmo que suspirando entre uma preocupação e outra.
Bonito foi quando eu disse para os meus alunos que depois de mil anos eu consegui enxergar que o nome da linguagem das Libras deve-se ao fato dela ser a Linguagem Brasileira de Sinais.
A classe toda, com rosto de ocupação intensa gritou:
Nossa, é mesmo!
Assim se faz a surpresa.
Faz-se parecida com aquela que me fez observar que ariam - pelas sílabas - é maria ao contrário , que a romã é a fruta do amor por ser romã, amor ao contrário e faz-se também por não ser surpresa alguma saber que tudo isso não acontece por acaso.
Ouvi essa frase rebelde, no fim de semana:
Tudo o que acontece não é obra do acaso.
Se por acaso você ainda não observou, o acaso é a nuvem que você acompanha com o olhar e é também a nuvem que faz - na pintura - olho do humano sempre lhe acompanhar