sábado, 17 de setembro de 2011


Se fosse do seu interesse você abriria, um beijo e tchau!
Ouvi essa frase solta, dita através de uma conversa celular, quando eu estava sentado numa poltrona do ônibus que me trouxe a São Paulo.
Sempre chamei essa história repetitiva de nosso egoísmo capital.
Uma forma de pecado original.
Normalmente o interesse é imperativo.
Na maioria das vezes, o egoísmo é visto como algo de péssima aparência.
Penso que nem sempre é assim.
Explico:
As vezes nos interessa por demais fazer o bem aos outros, como o bem estar de poder deixar uma pessoa feliz, aflorando o nosso egoísmo feliz.
Porém, no caso descrito acima, o rapaz ficou bastante irritado, pois ele esperava uma outra atitude da pessoa que ele havia pedido um favor.
Mesmo assim, mandou um beijo rápido e pronto.
Talvez ele tenha, como eu, esse novo conceito de egoísmo já entranhado, possibilitando uma espécie de conformação diante dessas atitudes ego.
Parece não haver outra forma, senão essa agoísta, de enfrentarmos todas as ações que promovemos.
Desta forma, recebemos sempre na mesma moeda, o troco.
Sempre me alegra a frase:
Todo o bem que fazemos aos outros, recebemos em dobro.
Adoro o fazer egoísta que não espera ganhar o céu, ou a vida eterna, no instante que provoca a felicidade dos outros