quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cem motivos


Cem folhas é o suficiente para que possamos desenhar as coisas do mundo inteiro.
Cem folhas sem nenhum grafismo e com todos eles.
Sem especificação de sonho ou razão, avançamos desmedidamente sobre a imaginação fazedoura.
Cansada de desenhar bonito, a menininha fez mais bonito ainda.
Grafou um ponto perto do vértice superior esquerdo da folha retangular branca, colocou um outro ponto no centro e batizou a obra com o nome: 
Três pontos.
O ponto extremo que alcança a nossa trajetória pensante.
O agradecimento feito dessa maneira, nos faz reagradecer com uma honraria do espírito.
O cartão que recebi  - e não só eu - nos enche de certeza na prevalência da firmeza da graça gentil.
A gentileza de um traço refinado.
Um caderno de desenho.
Cem folhas