segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Acordar de um sonho inacabado

Será que alguém contou para certificar-se que eram mesmo 222 textos escritos até aqui?
Certamente são.
Textos, também são aqueles que persistem na memória daqueles que os leram, antes que fossem deletados num momento de liberdade artística desse autor que vos testa.
Esse autor de proezas de tamanha magnitude tonta e abusada.
Arte é algo que não se faz na escola, afinal, em arte pode-se tudo.
Ao ler tal afirmação lembrei-me daquela brincadeira que o jovem faz, desenhando um pipi na cadeira do colega.
Quando ele se senta:
Oh!
Essas anedotas persistem nas salas de aula de todos os tempos e também nesse, é claro e hilário.
Coisas de artistas mirins que desbravam as fronteiras da liberdade e da libertinagem.
Um jovem amigo, recém saído de aluno, desenhava e escrevia livretos sobre bandas para vender para os colegas, a troco de comprar salgadinho na cantina.
Brinca-se de todas as brincadeiras e de todas as artes nas salas de aula, histórica e geograficamente.
Hoje brinca-se mais sozinho, escondendo entre as pernas os celulares projetados para o envio de torpedos e outros tantos jogos individuossociais.
No final - segundo um pensador pedagogo - haverá sempre dois tipos de trabalhadores: os de atividade repetitiva e os simbólicos, criadores.
Segundo ele, um tipo não exclui o outro e segundo eu mesmo, esses trabalhadores do futuro, já somos nós e são os nossos alunos sempre contemporâneos. 
Veremos toda essa massa trabalhando para dois ou três.
Massa da qual também eu faço parte, já que escola é algo que não terei por não ter nenhuma querência.
Agradeço a vós, por despertar em mim aquilo que nós sempre quisemos mostrar transparentemente, na competência carismática que nos foi outorgada e que - de uma forma ou de outra - nos será cobrada.
Cotidiana cobrança nossa, ao fazemos e refazemos as linhas, as formas e as cores, que decoram as paredes dos nossos aparelhos digestivos e respiratórios.
De coração ofertamos um pedaço grande de arame sem farpas.
Algumas delas, as farpas, tentamos aprender a moldar sem as pontas.
De coração repartimos a simbologia e o significado