sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Montagens


Desenhos.
Pinturas.
Emoldure tudo isso com duas placas de papelão encapadas com pedaços de papel jornal.
Cole tudo eternizando a bidimensão ou evoque a tridimensionalidade da diferença.
Se o que professa pede para que você cole tudo para que fique bonito e bem feito, refaça tudo de forma que o bem feito aproxime-se mais da sua querência aparente.
O seu querer é bem feito e transparente.
As notícias misturadas com cola de farinha traduzem o empenho que a moçada coloca no alto falante.
Na hora que tudo sobe pelas paredes, tudo isso vai elevando-se no espírito e na carne das coisas.
É o instante onde as almas se traduzem em coisas variadas.
O conjunto dessa esperteza produz um mapeamento das variedades das pessoas.
O mapa que me interessa é repleto de grafismos deliciosos que me levam a muito lugares.
Esses muitos lugares nem são tantos.
São os mesmos que colocam a crença na boniteza dos gestos todos que formam a dança não coreografada.
A coreografia da montagem é uma consequência do ser leve, porém nunca nebuloso