domingo, 28 de agosto de 2011

Tradução


O nome estava sempre inteiro na memória.
De algumas formas, vez por outra, ele estava estampado nas novas tecnologias dos encontros, a procura da tradução dos sentidos da maduressência.
Essa busca é algo que transcende a capacidade da superfície.
Algo que se avolumou no interior da casa e que se aconchegou fora das estantes.
Uma arrumação desarrumada que pretende agora, encontrar-se na história que caminha, passo a passo, liberta e desenvolta.
Caminhada nem sempre segura, muitas vezes opressora, outras e tantas vezes, delicada e firme.
Acasos, instantes, momentos de canção, poesia desbocada, saindo além da boca para ser recantada no céu que emoldura as fases.
A lua e sua capacidade de deflagrar beleza, sabe refletir sobre a luz e seus reflexos.
O calendário é mais lendário do que nunca, lendário como sempre.
Mostra além dos sinais, dos signos, das doze razões para se crer no humano instinto, uma capacidade de crença inesgotável.
Assim a tradução da necessidade de se digitar um nome na tela, mostrou-se no nascer de uma lynda sequência.
Um lenço também é as suas várias possibilidades de ser um objeto adornador de outros tecidos, tecendo assim, a relevante história dessa arte única, elevada viagem.
Em arte não há evolução.
O que precisa ser expressado, é nesse instante, nessa data, no agora do aparecer das novas coisas.
Hoje, assim como um ano nos remonta, a trama do algodão e da musselina sustenta a leveza de todos os nossos gestos.
Encontramos no fundo de uma caixinha feita com a  pedra granada, uma echarpe capaz de enlaçar duas figuras animadas pelos nós.
Existe tradução.
Uma calça barata, desenhada, é acrescida do seu bordado e ganha pontos das suas linhas.
Há uma fina camada nos movendo e dando suporte.
Assim o céu agradece à terra e o que existe entre esse intervalo, vale para nós como um conto a ser contado.
Contamos