segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Lutos


O papai faleceu.
Três e trinta e três.
Essa frase já está na memória profunda.
A frase madrugadeira vinda de uma das irmãs.
Outro dia eu perguntei pra mim mesmo o que teria acontecido de muito ruim na minha vida.
Agora eu tenho a experiência da memória visual que faz doer na lembrança.
É só lembrar daquele homem de voz forte e jeito brincalhão, para que um aperto peitoral inimitável aconteça.
Uma dor que todos sabem que vai transformar-se durante o processo temporal.
Todos sabem e eu fiquei sabendo ontem.
Todos me disseram que o que temos que fazer a partir de agora é lembrarmos das coisas boas que o homem chamado de mestre - no futebol das quintas - fez durante a vida.
Que eu possa ser um pequenino representante do jeito empático e simpático dese homem presente.
Está doendo tudo o que entusiástica e expressivamente a gente brincava junto.
Nós dois somos feitos para brincadeiras inventadas para adiantar as coisas, para propor-lhes uma sequência mais ágil e engraçada.
Ligados na tomada.
Na mesma tomada que tem fiação aqui embaixo e ali em cima.
O homem inventou de ficar ligado no superior.
Esse touro, vai tetando nutrir aqui dentro e solto no chão de terra, a garra do leão risonho