quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tendí


A arte que quem fez não quis.
Esse será o nome de uma exposição de fotografias que - eu e quem quiser - vamos participar.
Um diretor de escola disse - que lá fora - existe a televisão, a internet, a violência, a famíla, o trabalho e que aqui no colégio deveria existir algo diferente.
Achei o máximo.
Não foi o que ele quis dizer.
Ele quis focar na existência de professores estanques, que pararam no tempo e na sua formação inicial, porém, imagina mesmo, uma escola totalmente diferente do mundo de fora.
É o contrário de tudo o que se anda pretendendo no interior das instituições pedagógicas, afinal, cada vez mais, dentro delas, fala-se das relações com as famílias, da interação com as novas tecnologias, das questões da sustentabilidade do meio ambiente, fala-se dos vícios, das escolhas na sexualidade, das gozações entre os colegas de turma, o consumo desenfreado, enfim, o mundo de fora fazendo parte do conteúdo escolar.
Parece óbvio?
Então.
Fico a imaginar uma escola diferente do mundo de fora, aqui, no meu mundo de dentro.
E, inevitavelmente, esse meu dentro, cria coisas para surpreender tudo isso que rola fora dele.
Em mim cabe esse pensar uma coisa diferente, para ser diferente mesmo, sem rodeios, sem escaramuças, sem mercadorias e moedas de troca.
Mirei a câmera do meu celular para um detalhe.
Uma mancha de detergente sobre o piso lajotado.
Cliquei o desconhecido da ideia que o detergente faz do piso.
Estamos mandando para uma mostra de vídeos uma animação desenhística chamada Sopa.
Refere-se à sequência de transformações de uma letra para outra no alfabeto, de A a Z.
Sopa.
Sabe o que a sopa disse para o sapo?
Opa