quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Plástico orgânico


Achei de montar uma caixa com pedaços de amostras de revestimento para móveis.
Fiz questão de fechar todos os lados.
Você deve estar pensando:
Uai! Então isso é um cubo e não uma caixa.
Um cubo feito para suportar um copo com água.
Uma das amostras tem a superfície vítrea.
Ideal para a umidade do copo transparente e suado pelo serviço
Encapamos muitas molduras feitas com tiras de papelão e fita crepe.
O grande interesse mesmo esteve sobrevoando as pessoas que inventam sobre o básico.
Foram muitas invenções voluntariosas.
As invenções dos voluntários, aqueles que sempre demonstram vontade.
A invenção - portanto - é filha da vontade que é prima irmã do querer.
Vou inventando uma cola modelar, que funciona apenas se você tiver a intencionalidade de modelar com os dedos.
Passa e repassa, seca os dedos sobre a cola e o papel, e volta a passar tudo isso sobre todas essas coisas.
Dedos, cola, papel e papelão.
Pensei tanto em suspender as molduras que não percebi as paredes todas que devem suportar as peças.
As paredes vão suportar e as peças não serão suspensas.
Elas terão apoio forte.
O apoio nos molda e alavanca.
Avançamos febris sobre as decomposições com a destemida amazona urbana.
Miçangas plásticas são fortes aliadas nesse heróico brado cidadão.
Inventemos pois um novo cumprimento, que pode espelhar-se nos abraços para parecerem-se mais com o universo.
Um verso só, que alimentará o mundo, a pureza.
Há uma lei que prevê que as crianças começarão a ser alfabetizadas no teclado e não mais utilizando-se da caligrafia.
Eu compreendo e desejo ver de perto esse espetáculo.
Somos voluntários