segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Pele

Pele.
O maior órgão do corpo humano.
Veste os músculos, os ossos, os tecidos, cobrindo a casa que determina os fatos.
A cabeça raciocina intercalando as coisas conhecidas, repensando a casca que na pele guarda a delicadeza da beleza.
Beleza densa, tenra e terna.
Belezura que se faz no liso, na sua lisura, sua lida, sua lisa.
Carícia que no toque se destaca e significa.
Pele.
Lugar de encantar e embalar os sonhos.
Armário da estampa e da essência.
Estante do tempero e da temperância.
Desenhar sobre a pele parece desnecessária tarefa.
O desenho do humano é montado pela pele.
Ao fazer bem feito de cada uma das gentes que nascem e transformam-se, cabe o encanto de uma pintura.
A pintura natural, gerada pela pigmentação química, a sua geléia real, melanina.
A natural cadência da pele que dança seu corpo em movimento.
O que se move é o mover da sua pele.
O perfume que exalas, exalta a pele , enaltece o gosto.
Aos peles vermelhas cabe o banho no riacho e a pesca.
À sua pele cabe o suave caminho que nos leva ao mar.
Nado de nadar bastante, tentando chegar na margem quase sem perder o fôlego, e a alcanço.
Suas margens fazem a melhor paisagem para ninar a pele, bolsa dos meus olhos