domingo, 17 de julho de 2011

À vista


Você quer que eu coloque no ar pra você ver a relação que os buracos na moldura fazem com a parede?
No mundo da lua, com a cabeça no ar, nas nuvens, assim acontece da gente estabelecer as conexões com a percepção das coisas natualmente estranhas.
Nas entranhas da comunicação não consta a objetividade do sujeito.
Só às claras o versar em comum estabelece uma reação positiva no desenrolar dos acontecimentos.
Coloque no ar, por favor.
Da perspectiva depende o olhar unifocal.
Para ampliar as possibilidades eu me coloco em diferentes pontos da cena.
Com certeza, é também por isso que me deleito com as ideias cubistas de Braque.
Demora um tanto para compreendermos o todo.
Uma vida inteira e mais três meses. 
Um ponto e pago à vista