terça-feira, 28 de junho de 2011

O vale, além do dinheiro


Vale dizer que aprendi a olhar pro chão para olhá-lo de frente.
O dinheiro é a árvore que dá dinhos.
Dá dinhos num jogo complexo.
Essa árvore nasceu de uma única flor, a dinha.
Hoje, essa árvore dinheiro produz seus dinhos, os mesmos.
A flor única ainda resiste, embora não deseje mais produzir dinheiros.
Aquele único dinheiro, produzido pela única flor, hoje reproduz seus frutos à maneira hermafrodita.
Da flor, resta seu nome e é dessa forma, que perpetua-se a história.
Uma história escrita por quem sabe que dinheiros valem a pena na sua forma singular.
O panda já tem bracinhos.
O vale está cheio de alegria e trabalho, roçado, pele a pele, tronco a tronco, seivado.
Quando bebemos lágrimas, já estamos transpirando a tristeza e expiando as possibilidades de malfazejos aproximarem-se dos nossos poros e das nossas cascas permeáveis.
O sal tempera os destemperos e a árvore frondosa que nos cabe está vibrando no jardim redondo.
Tudo vale no valor da certeza que nos alavanca e nos impulsiona para sermos uma espécie de adubo orgânico, desorganizando o tudo por dinheiro com o organizar das nossas estantes, presas, porém com parafusos espanados.
Um aluno pediu para ver de perto o seu retrato, para ter certeza que aquilo não havia sido impresso por máquina.
Há nele algo muito impresso.
O garoto passava delicadamente os dedos sobre o rosto de papel.
Tive a certeza que com esse gesto, ele queria saber além do desenho feito a grafite.
Queria compreender donde vinha a energia única e sementeira, da flor impressa