segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dinheiro é um pé de dinho


A imagem e à semelhança do dinheiro
Uma sorte
Um norte
Um corte
Uma carta 
Jogo, ganho, e nada
Nado em dinheiro
Ganho com seis, ou doze
Ganho com treze, quatorze
Se ganho, dividimos
Nós nos provocamos e a arte vai nos ganhando
Assim, deus de sempre

Reeducação cosmética



O português e a estranheza dos a torres.
É verdade que essa é a pronúncia de um imigrante alemão para a palavra atores.
É verdade também que somos torres de pedras animadas pela nossa confiança e artistez.
Um jovem professor, ligou e me disse que estava muito irritado com a classe que ele acabara de deixar.
O fato é que foram os alunos que não deixaram que ele comunicasse todo o conhecimento que ele queria transmitir.
Para que haja uma troca de saberes, talvez seja necessário que a pessoa com mais sapiência sobre o assunto a ser tratado, consiga expressar sua sapiência.
O fato é que foram os alunos que não deixaram que ele comunicasse todo o conhecimento que ele queria transmitir.
A ideia é imaginarmos um país superlotado de gente que interpreta, que traz à luz, que amplia possibilidades, que interessa-se pelo conhecer as coisas e os mundos diferentes.
Na mesma hora pensei em dizer ao garoto que os alunos são assim mesmo, estão no final do bimestre e cansados de tanto estudar e ele estava cabeludo de saber que é assim, porém, de súbito, resolvi dizer-lhe que não ficasse nervoso, afinal, estamos nos estertores de um bimestre sem muita graça escolástica.
Um tempo, logo depois do fato, fiquei pensando que realmente eu acertei em não responder ao menino cheio de cabelos, que a educação não tem mais solução e que, graças a deus de sempre, eu estou quase me aposentando.
Acertei, porque cabe a ele, jovem menino educador, propor uma escola completamente diferente dessa que vivemos hoje e cabe a mim igual tarefa, na medida que sou um comunicador da arte como ela é, fazedor que sou de algo intensamente provocador.
Ter nas mãos e na cabeça, a beleza cósmica de provocar qualquer coisa, quaisquer a torres, quaisquer mosquitos que não tenham manchas brancas pelos corpos pequenos, menor que seus parentes mais próximos.
Fazer arte é provocar, e na provocação - seja ela de menor ou maior ousadia - ativar no outro humano, a sensação de algo faltante.
Se algo lhe falta, que ele possa ter a vontade de preencher o vazio.
Hoje descobri a única utilidade dessa coisa espantosa, provocar.
É dessa forma que alunos fazem arte.
Provocaram o menino até que ele esbarrasse no nervo e reagisse.
A reação é uma novíssima expressão artística.
Qundo descobri que a palavra cosmos significa beleza, redescobri que a sua adcosmética é ainda mais bonita que a memória linda, que mora em mim