domingo, 26 de junho de 2011

A torres


Ela contando a história do jeito que eu conto é muito mais do que um conto.
É uma contação de contas num rosário de graça.
Um conjunto de intenções, onde mora o debate das várias ideias reviravoltadas sobre a educação dos nossos sentidos.
Uma reeducação constante, onde constam todas as possibilidades e oportunidades de encantamentos e reinterpretações do já dito, escrito e do já lido e revisitado.
Um fotografar constante dos pedriscos que se juntam na calçada.
Nem precisamos medir, e todos os documentos empilhados sobre a madeira, couberam na caixinha recém paramentada.
Foi um festival de pensares juntos, conjuntos, feitos como a hora, que insiste em aparecer espelhada ou justa.
Quem sabe faz a hora e faz na hora.
Sabemos que nem tudo é possível ao movimento de nossas mãos, porém, um toque no material escolhido e tudo o que a poesia da coisa quer, ela faz.
Depois de tudo pago, impresso, visto e revisto, a vida ainda permanecerá olhando pra gente, lá no fundo.
Para cada copo d'água, uma colher muito cheia de farinha de trigo, o pão nosso de cada dia, colando um pedaço sobre o outro, enriquecendo a capa.
Um grude, uma cola de peles enaltecendo a parte luminosa e quente de um dia invernoso, hibernado na sensação.
Tenho a sensação que um dia, nós vamos acertar na mega sina.
As pequenas sinas acertamos todos os dias, fazendo soar sinos nas torres das casas das razões de todas as mágicas.
Moramos nas vilas e nas vielas, nas torneiras de couro e nas fivelas.
Cinto que segura as calças.
Calças e continuamos a andar a pé, sobre o soro das águas, açúcar e sal