quinta-feira, 23 de junho de 2011

Seis


Seis vezes o trovão uivou do céu.
O som veio forte e rijo.
Foi impregnando cada coisa, nas suas moléculas, suas células, seus átomos e suas partes presumivelmente menores.
As coisas todas são motivadas pelo som bonito da intenção pura e simples do bem querer.
Assim você gosta das pedras, das árvores, gosta das canções e das palavras que as compõe.
Admiro os gestos das suas mãos no contato com a matéria prima orgânica, ou sintética.
A tecnologia das sensações, é voltada a acariciar a motivação do outro.
Os motes e motivos são todos vindos do barulhinho do trovão empregnador de felicidade.
Olhamos para a tela plana e vimos o lar enaltecer-se em cores, doce lar feito e idealizado pelas pessoas beneméritas.
Somos adeptos e filhos do trovão.
Reflexos do relâmpago, da luz, da iluminação singela que traduz beleza.
Ontem ouvi dizer que a origem da palavra aluno, mostra que ele é o sujeito no qual, deve-se colocar a luz do conhecimento, afinal, ele ainda é um ser sem luz, aluno.
Pensei diferente, talvez na mesma linha, porém entranhando.
A luno, sem lua.
Lua que não tem luz própria e que necessita da luz solar para ser visível.
A lua toda estava no seu coração, no instante que você desejou que meus olhos pudessem aprender um tanto mais.
Uma ligação, um toque e meus olhos pegaram com as mãos.
São seis meses e tantas luas, amalgamando-nos lunares aprendizes