quarta-feira, 15 de junho de 2011

Eyes


Eye meu deus.
Meu deus é humilde e olha por tudo e principalmente por todos.
Isso mesmo.
Um olhar que ultrapassa a vestimenta do dinheiro novo.
Preocupar-se muito menos com a grana, vem me tornando muito menos temeroso da morte.
Dirá você que esse é um pensamento senil, porém dir-te-ei que é um pensamento mais sereno.
Ser forever young, porém com mais linhas bonitas na superfície funda da testa, é uma sensação semelhante àquela que se tem quando se é informado, sabe-se deus por quem, de um verso lindíssimo que você mesmo descreve.
As linhas veem sendo grafadas em registos definitivos, afinal, aquilo que é dito, é dito e ponto.
É uma decifração da emoção do instante e das suas coleções.
A sequência do dia, vai nos acumulando de bençãos educadoras.
Vai nos levando pra frente e na direção da construção de um sólido geométrico aberto e com tampa removível.
Custava vinte e nove reais e a mocinha fez por treze.
Meus olhos sustentam os seus e esses me sustentam, adivinhando os meus.
O que dista entre mim e você, diz que os metros são feitos de fios de musseline esticados.
Uma laçada táctil no trabalho de duas agulhas e os metros se misturam e encontram-se em teia.
Eye meu deus.
Tanta coisa assim procede de um desenho feito a grafite por um aluno mais disposto.
O olho que o papel detinha, era acompanhado da palavra inglesa.
O olhar distante e tão perto, trouxe-me a ideia e a vontade.
Divina vontade que tira-nos os feet do chão.
Tiranos fitam e os doces fitam.
Fita e me fita, fito e acalmo-lhe com a botânica crença.
Fitoterápico é o dia, nos quais os papéis se dispõe a receber o nosso gesto