quinta-feira, 2 de junho de 2011

A quinta


Quinta das quintas.
Não ela toda, a tarde.
Um acontecer depois do outro e todos admirando o conjunto.
Um leve cortar os cabelos.
Outro dia vi no trânsito alguém a me cumprimentar.
No instante não me lembrei do nome nem donde.
Era a moça que outrora raspava os meus cabelos
Nessa quinta a tarde, a moça que agora os corta, estava no banco e não tinha hora pra voltar.
Foi só dar a volta no quarteirão e encontrei-me com a cadeira da cabelereira que havia encontrado não por acaso.
Cortou-me o cabelo e lembrou-me da filha, que é outra artista de andar fazendo arte pelos arredores de todo canto.
Atravessei a rua e já estava na loja de comprar pincéis, para que amanhã, os jovens possam gincanear a vontade, pintando um ano internacional de florestas imploradoras de respeito.
Minha mãe gostaria de fazer mercado, mas a conta foi paga no banco e o cartão só poderá ser usado daqui há dois dias.
Por essas e outras andei a colocar meu carro no lava rápido.
Lembrei-me de ter visto um, no posto onde abasteço o automóvel com combustível.
Lá havia um carro para ser lavado de forma demorada, por tratar-se de um carro novo e brilhante.
O moço tratou de passar o meu na frente, pois percebeu que bastava um jato d'água e uma aspiração interna, além do fato do dono do outro carro, ter combinado de ir buscar o dele às seis.
Pronto!
Foram minutos de divertimento, piadas e risadas, além da oferta de alguns eme eles de coca cola seiscentos, afinal, o lavador tem um santana 89 e sabe muito bem do que estou falando.
Nessa dita quinta, lá pelos quintos desse céu maravilhoso, ainda vai haver o encontro com a doutora, a recolocação da maçaneta do lado do motorista e uma última aula do dia, onde jesus me orientará através dos seus estudos sobre outras vidas.
Claro que esses são apenas alguns exemplos do que ainda reserva a quinta.
Existem pelo brasil, algumas da Boa Vista, de tal forma que um artista visual fica satisfeito e feliz ao sabê-las algumas.
Boa vista pra você que me visita, que anima as tardes todas e os dias inteiros.
A vista, ou a prazo, o que vai encantando os instantes é a oportunidade de vivê-los todos.
Meu coração se alegra, funde-se, amalga-se e reinterpreta a sua caixa, obra aberta.
Transparente és, oferecendo-se tão bela, nos nós, certeiros da gravata