domingo, 8 de maio de 2011

Nosso fio condutor


Em mim parece que em ti não perece o parecer transparente que em ti se expressa.
Essa frase aconteceu e foi dita e redita num ambiente de arte emparedado por chapas de madeira.
Bonito ambiente, quase rústico, na rusteza da contemporaneidade ansiosa.
Ares repletos de miudezas bordadas com linhas pretas e fios coloridos.
Andamos tentando compreender o fio condutor até chegarmos ao piso térreo.
Quem vai ceder?
Essa pergunta no século vinte e um parece uma deformação social.
Ganha perde, perde ganha, ganha ganha e ganha quem tem língua solta pelo chão.
Esse chão que se inspira no céu, na medida que esse céu seja como aquele que te inspirou uma fotografia não realizada em papel.
Em ti não perece a insistência, já que a arte é o resultado dessa lida.
Poesia é criação latina.
O poema reversa.
Em ti há resistência, força muscular, liseanismo cutâneo.
A gente fica sabendo de cada coisa, nesse mundo cheio de cada coisa.
Moldando uma reciclagem de papel me anima a poesia.
Poesia temperada com hortelã, alimenta o trigo com pouca água e muito aroma.
Coisa ardida é essa coisa maravilhosa para a memória, no feitio da cama feita para a salada.
Você me cede toda a sua sapiência e competência e eu aceito e retribuo.
Coração de mãe não se engana, feminino que é.
Assim nós aprendemos e com paciência montamos as malas.
Com nossas rodas rodopiamos sobre os nossos próprios eixos e com o conjunto de seis números, abrimos o nosso cofre, quebra cabeças das nossas riquezas