segunda-feira, 2 de maio de 2011


Estamos cobertos por uma nuvem de ideias.
A ideia que não é fixa e não se fixa em nada.
Nem no céu, que é o espaço aberto às aeronaves em movimento.
A ideia aposta todas as suas fichas na imaginação, que é a capacidade que todos têm de fazer imagens na cabeça.
Produzimos imagens no cérebro a partir da observação de tantas coisas que nos aparecem, diante dos nossos sentidos, alicerçados todos, pelos olhos.
Esquerdo e direito.
Ambidestro no sentido multidimensional dos sentidos das coisas.
Faz sentido a gente se emocionar com as imagens que povoam a nossa mente e mais sentido ainda faz, expressarmos essas imagens, propondo várias formas de leitura para o mundo todo.
Esse mundo todo, que está ao alcance dos nossos olhos.
Os nossos próximos.
O mundo todo é o que está bem perto da gente e é esse que podemos interagir na busca de novas tarefas imagéticas.
Fazermos arte é podermos ensinar às pessoas novas formas de escrita em diversas linguagens.
Alfabetização ambidestra com sons, gestos, linhas, formas e cores, gerenciando tudo, a fim de movimentarmos uma nova ordem mundial.
Esse mundo que é a ordem da pureza, já que o imundo é a ordem do impuro.
Na pureza do toque celular, nossas mãos formam um globo nas cabeças.
O globo ocular, a esférica terra, a bola que insiste em caminhar para o gol.
Tantas oportunidades de atrito interferem, até que ela possa chegar ao seu intento.
Grama, pés, joelhos, cotovelos, oxigênio, gases.
Todas as farpas a serem enfrentadas até a imagem ser produzida, externamente, no espaço externo à nossa mente.
Pronto!
Essa é a nuvem cheia de ideias.
Essa que pousa sobre os nossos couros cabeludos e parece estar louca pra chover de forma intensa, na fronte sem pelos, dessa gente desmedida