segunda-feira, 25 de abril de 2011


Eu tenho um carro velho e ele me leva e me traz.
A proposta era arte e matemática, desenho geométrico e arte.
Régua e lápis, retas, pontos sobre elas, ângulos, liga pontos.
Um aluno quieto, concentrado, enchia sua folha branca com linhas retas cruzadas e paralelas.
Uma montanha de alunos que juntavam-se pertinho da minha mesa, falavam em voz alta:
Seu desenho está errado!
Eu respondia sempre:
Ele é muito criativo, olhem que composição bonita e inventiva.
Os amigos não se continham e garantiam que o desenho dele estava totalmente errado.
Até que num determinado momento ele retrucou:
Meu desenho está errado, ele não tem nada do que o professor pediu.
Foi nesse instante que um aluno elegante disse de forma serena:
É exatamente por isso que o professor está dizendo que o seu desenho está totalmente certo.
O que está faltando é determinação, auto estima elevada, o amor à individualidade mutiplicadora autruísta.
Tudo compondo para o bem estar de muitos e principalmente àqueles que menos têm.
Multiplicar as possibilidades, o fazer por querer e querer adiante, adiantado para oferecer logo adiante.
Adiantar a sua e a do outro, completar a tarefa.
Hoje, talvez não exista coisa mais simples do que imprimir uma foto salva no computador.
Talvez não exista coisa mais fácil do que salvar uma fotografia no computador.
Porém, desculpe, mas tem alguém com os fones nos ouvidos, ouvindo boa música.
Uma das cinco mil possibilidades.
Eu tenho um carro velho e ele me traz.
O que me leva é a crença numa hora cultural, onde há troca e volúpia, onde todos pretendem aprender um pouco mais