domingo, 24 de abril de 2011


Um marco e uma marca.
Marcadores físicos e emocionais, atravessando a nado o nada que pretendem nos impor os detentores da uniformidade.
Os uniformes têm seu uniforme coloridos com as cores da repetição dos costumes.
Costumizar as nossas vestes, marca o nosso passo sem marcarmos passos sequenciais para seguidores desconhecidos.
Conhecer a gente conhece pelos olhos.
Saber, a gente sabe pelos olhos.
Sem saber e de repente, aprendemos a ver mais de perto o que se mostra ao longe.
De longe a gente percebe a chegada dos que chegam de mansinho.
Mansos e bentos são os utensílios aparentemente sem utilidade alguma.
Estou ansioso para conhecer cada vez mais sobre esses inúteis servos de si mesmos.
Em si, coloca-se a euforia da descoberta.
Descobrimos em nós mesmos, que o texto fala em primeira e na terceira pessoa, fala de mim e fala de nós e ainda, vez por outra, fala do outro, de muitos, de todos, ou quase.
As coisas não foram e não serão esquecidas.
As que doravante ainda serão esmiuçadas e aquelas que têm nas suas minúcias o segredo do encanto.
Partículas cósmicas se encontram na feira e a beleza percorre as ruas enfeitadas com frutas.
Toca o telefone e o sorriso se aninha.
Faz seu ninho na espera e na esperança dos gravetos pequeninos que sonham ser residência.
Resíduos moram essência daquilo que a gente pode inventar e inventa.
Um grupo de dança contemporânea vem à cidade congregar seus gestos e seus sons às academias, seus bailarinos e bailarinas.
Vão bailar guitarras sobre o solo da cidade.
Dançar sobre o piche e o granito, sobre a terra e o tablado.
O uniforme se dessarruma e a gente arruma um jeito de desajeitar-se sobre os fatos.
Não cabemos no envelope, então somos entregue à sorte.
Nossa própria sorte, que é sortuda e sortida, de tal forma que se farta de tanto entusiasmo e luz