domingo, 17 de abril de 2011


A razão que existe para que as pessoas não se cumprimentem quando se conhecem parece não ter lógica.
E não tem.
O que tem é um esquecimento das tantas coisas lindas que transpareceram nos momentos anteriores, tal como a lógica das crianças do início do século passado.
Adoramos visitar as fotos em preto e branco dos ipês e das castanheiras.
A lógica inexistente, talvez seja a valorização das coisas passageiras desse mundo recheado de pessoas e bichos.
Interesses incessantes nas coisas que são reveladas por organismos que crêm orientar a massa.
A massa é uma massa salgada, ou doce, ao sabor dos ventos que soprem mais fáceis.
É difícil ter firmeza de posição numa pizzaria que vai ganhando cada vez mais espaço nesse mercado cheio de espaço vicioso.
Tudo termina em pizza, quando os ingredientes vão se moldando cada vez mais a uma receita repetida incansavelmente.
Receitas têm papel organizador no mundo dos bichos recheado de pessoas.
A desorganização é coisa artística, que vasculha a alma das gentes, a fim de dar-lhes alguma sobrevida, mesmo que difícil, nesse sítio de desigualdades justas.
Eu gosto muito de fazer retratos a grafite.
Desenhar a lápis.
Fazer riscos e formas sobre esse mundo igual, propondo cumprimentos entusiásticos, com abraços e beijos.
Não se dá risada para que todo mundo goste da gente.
Damos risada para gargalharmos de nós mesmos, usando tudo isso como combustível drástico para o nosso caminhar maduro, impressionados com as crianças