quarta-feira, 13 de abril de 2011


104
Cento e quatro.
Um quatorze com um túnel infinito no centro.
Como eu escrevi anteriormente, os símbolos encantam algumas pessoas e a mim, por princípio e segurança.
Códigos a serem decodificados, sem necessidade de serem, dessa maneira, compreendidos exatamente como quem os grafou os compreende.
Dessa forma, os símbolos sugerem mais do que interferem.
Não ferem por dentro, agem por dentro, têm coragem.
A sugestão manifesta, manifesta-se festivamente de muitas maneiras até que várias gentes fruam, possibilitando ao mundo, vários algos que ainda não existiam como tal.
Muitas palavras para dizer que a criação dá origem, origina, é original.
Faz aparecer algo nunca visto daquela forma.
Um liquidificador novo, uma roupa nova, uma nova luminária, que acende uma nova luz àquelas que antes já transmitiam tanto a tantos.
Os artistas são de Urano, já que as idéias estão em Urano.
Essa frase anterior parte de uma crença.
Não conheço nada sobre planetas e suas influências sobre as coisas da gente, mas considero o símbolo intrigante.
Intrigar-se é tarefa lúdica, viva, intrínseca ao ato de fazer arte, pensá-la e conhecê-la.
Muito prazer em conhecer a menina que interpreta quatorze vezes quatorze e sobre esse valor mais quatorze elevado a quatorze.
O elevado aí, funciona como elevação do espírito e da carne, da razão e da mágica, do dia e da noite.
Originar algo é ter a ciência de alguma coisa anterior e conseguir transpô-la, depois de ter transitado por ela.
Ter ciência é saber e de tanto saber, saber-se pouco e de tão pouco, poder-se acrescentar.
Acrescento um verso ao seu e a poesia que gestamos é a cara de um retrato renascentista.
Renasce a possibilitade do encantamento com todas as coisas e na comunicação com elas, a tela.
Esse tecido enorme, esticado no tamanho exato das nossas vidas em sequência.
Plutão dista um monte e a nossa crença move o monte