terça-feira, 12 de abril de 2011

(((心)))


A casa que se movimenta de forma harmoniosa e densa é o coração.
A coragem e a sua ação renovadora.
A fala em sua potencialidade de renovar-me a mim mesmo, dirigindo-me ao meu interior, para que eu possa ver de perto esse órgão amoroso e pulsante.
O amor pulsa e vibra, na dimensão esperançosa da alegria incontida.
São ondas de extensão infinita que move montanhas, vales, placas e a terra de chão duro, ou barrento.
Essa casa move-se por qualquer canto e não tem vergonha de molhar-se quando a chuva é forte.
Quando é chuvisco, molha-se também para abraçar molhada o dorso do outro, a fim de  umedecer a estrela que habita na casa do outro, da outra casa.
Telhados de vidro são para os fracos, aos fortes é reservado o telhado de zinco, aquele que furado, salpica de estrelas o chão, o piso e a terra da casa.
Os símbolos nos encantam.
As belíssimas histórias que vêm deles, as fantasias, os costumes, as fadas e as bruxinhas, os guardiões e os gladiadores.
Os símbolos deveriam falar por si e falam.
Nos dizem sempre que se põe diante dos olhos.
Prestemos atenção nos desenhos, nas retas, nas curvas, nas ondulações e verifiquemos o quanto de amor há neles.
O quanto de encanto pode trazer à nossa casa.
O coração vai nos movimentar até chegarmos do outro lado.
O outro lado é justamente o do outro.
Só ele é capaz ritmar o pulsar do dele.
Ninguém modifica ninguém a não ser ele mesmo.
Quem disse que alguém precisa ser modificado, se já se é tão codificado?
A onda junta e mescla e faz música incessante até dançar coragem com coragem.
Dança linda, doce, vibrafone de metal e de madeira.
A menina sulcava a madeira de topo até sangrar a letra.
Areia