segunda-feira, 11 de abril de 2011


O que um sorriso espelha?
A aura, a áurea luz, a vestimenta da alegria, ou a travessura dos parangolés?
Espelha reflexos da lindeza do tudo.
De tudo isso e mais um pouco, um muito.
A gente veste a vida com esse sorriso e os seus dentes suavizam a paisagem.
O rosto veste a face e a face se reveste da cara e da coroa, do bem e do melhor ainda.
Essa moeda não é de césares.
Esse círculo encantador é de outra linha, outra linhagem.
Quando o sorriso vence, o mal troca de cara na vivência das gentes que emanam bençãos.
O mal é uma mala extraviada, nessa via sorridente.
A verdadeira avenida caminheira, sorri para as árvores plantadas na sua via lateral.
A lateral do sorriso é literalmente um verso de uma poesia sideral.
Siderurgia soldada no coração da gente.
É do céu que vem a nuvem de fumaça, na comunicação dos primitivos.
Vem dos primórdios as inscrições da alegria.
O que vem de dentro, vem da origem, da originalidade, vem de cada um e vem do único instante que exala perfume e aroma de ternura.
O instante de fé.
O momento de crença, de graça.
Essa que nos faz acreditar sempre que a boca pode ser um monumento de festa.
A festa que exalta o rosto.
O rosto que é espelho da fraterna linha, que abraça a gente.
A festa que nos faz vestir a roupa mais apropriada para a ocasião.
O traje de gala, galante.
Esse sorriso que nos veste tão bem