terça-feira, 5 de abril de 2011


A rosa é poderosa.
Brincar com as palavras é como vestir a roupa de um palhaço feliz.
Não rir de qualquer coisa, mas fazer com que qualquer coisa o faça feliz.
Mesmo depois de ver cenas realistas de realidade crua e nua, poder ser suficientemente sensível para realizar felicidade na primeira esquina, entre a rua direita e a sinistra.
A rosa é uma flor como tantas outras, mas ainda assim é uma rosa, desde quem a regue a conheça.
Um lírio pode ser colírio para olhos sensíveis.
Uma ninféia, uma hortênsia, um copo de leite, ou um jasmim, são flores acesas pela energia luminosa da palavra e sua transparência.
Um copo pode guardar todas as coisas do mundo, desde que consiga guardar um jornal.
Uma cafeteira pode guardar toda a felicidade do mundo, desde que o pó escuro depois da semente tenha o perfume exato da lembrança.
Lembrar das formigas escutadeiras deve fazer com que os nossos lábios fiquem em posição de sorriso eterno.
Silêncio!
As pequeninas têm os ouvidos acesos pelas poderosas escutas.
Escute bem, cole o seu ouvido aqui e veja.
A cola líquida deve fazer uma película fina para abrilhantar a colagem que você fez na sua capa.
O rosto e as orelhas dos livros são tocadas de leve por um beijo macio da palavra.
Dedico esse livro à você que jardina e visita as tábuas da lei liberta.
Liberdade de fato é pode fazer fato, os sonhos de todas as noites roncantes.
Ronca a noite e a minha barriga, quando tenho fome de observação.
Por isso ronco sempre, num respirar apressado.
Dorme suavemente sobre o braço da terra, a flor poderosa da razão.
Levanta como o sol levanta quando o dia resolve marcar o seu cartão