sábado, 2 de abril de 2011

Elas costuram, bordam e pregam botão.
Adoram uns babados que espalham sombras pelas paredes.
Dançam a dança das cabeças, giram os girares dos mecanismos inventivos que até na pobreza criam formas de adaptar os objetos quebrados em suas utilidades primárias.
Quase quebrados podem criativamente continuar a funcionar a partir de um modo diferente de operação.
Ao nos depararmos com uma montanha de pessoas saindo de uma estação do metrô podemos repentinamente observar uma multidão de diferentes.
Uma mistura de gente separadas pelos cabelos, pelas camisas, camisetas, jaquetas, saias, barrigas, cotovelos e dentes.
Múltiplas formas desses seres semelhantes a mim e a vosê, que serpenteiam com os olhos a identificarem semelhanças.
Babados antigos em saias eletrônicas, cujo espaço para as conversas gravadas, são oferecidos para a melhoria do serviço.
Todas as operadoras sendo muito parecidas, oferecem o serviçi gravado para que possamos comprar a idéia de trocarmos sempre a mesma aparelhagen.
Estou vendendo idéias que quase ninguém compra, afinal são idéias com uma certa dose de sofisticação desnecessária.
É necessária a mim, que sou um ser desses que acha que a boniteza diferente é algo que transcende a obviedade da necessidade de termos um grande irmão que nos oriente.
A noite o sol está de cara virada pra mim.
Eu que adoro tanto o sol e ele ainda faz isso comigo.
Não importa, amanhece sempre e eu amanheço com ele olhando direto para multidão que é tão semelhante a mim.
Os olhos do sol têm a energia luminosa que me possibilita transcender o toque, abrindo-me a infinita possibilidade da visão tridimensional das colunas.
Uma criança não se separa do seu brinquedo.
Você para, dito rapidamente parace ser: separa!
E é assim que acontece com os desanimados.
Se você para, você separa de você as coisas realmente importantes.
O babado da sainha da menina é tão lindo que a separação entre a barra e o resto da estampa, inexiste